A Parentalidade Positiva é uma filosofia que promove o respeito mútuo na relação pais e filhos, uma educação construtiva que permite que a autoridade seja exercida com firmeza, empatia e generosidade, e permite-nos olhar para nossos filhos com humanidade, como pessoas que estão em crescimento e necessita de orientação.
Muitas vezes nos distanciamos do verdadeiro significado de disciplinar que é ensinar, e ao contrário usamos os berros, a força física, o castigo como estratégia de educação o que faz com que os miúdos, como aborda Magda Gomes Dias, em seu livro Crianças felizes, afastem-se de nós e o vínculo parental comece a quebrar.
Nessa abordagem autoritária a criança procura justificativas, culpados e não se sente responsável pelas atitudes que praticou. Os pais se sentem desafiados pelos filhos que não obedecem e por falta de conhecimento de outros métodos apenas os punem em vez de escutar as suas necessidades.
Outras vezes utilizamos uma abordagem permissiva com medo de frustrar os filhos, não cumprimos nossas próprias regras, e por sentimento de culpa os recompensamos. Nesse caso, as crianças se sentem ansiosas entendendo que seus pais não as conseguem proteger.
A Parentalidade Positiva incentiva-nos a pensar, a escutar-se e a escutar, a questionar-se e a questionar sem julgar. Não é autoritarismo e nem permissividade, é um meio termo que se baseia no respeito mútuo, em que não se questiona a autoridade dos pais, que é exercida com firmeza e gentiliza e a criança se sente humanizada e compreendida.
Compreender a natureza dos filhos, entender as características da sua fase de desenvolvimento, colocar limites com empatia, respeitar os seus sentimentos, investir na qualidade do vínculo, disciplinar sem castigar, deixá-los aprender com as consequências de suas escolhas e a importância da comunicação são algumas estratégias que podemos aprender com a Parentalidade Positiva.
Danyelle Bandeira de Melo
CRP 21/05513
